7 Guitarristas que Tocam Guitarras com Menos de 6 Cordas

No mundo da música, a guitarra é um instrumento que tem uma enorme variedade de estilos e técnicas. Entre essas variações, algumas se destacam por sua singularidade e inovação. Neste artigo, vamos falar sobre guitarristas que desafiaram as convenções e adotaram guitarras com menos de 6 cordas. Este grupo seleto inclui Max Cavalera, Keith Richards, Jimmy Bower, Seasick Steve, Henri Cash, Mark Sandman e Warren Ellis. Cada um deles traz uma abordagem única para a música, mostrando que menos cordas não significa menos talento.

Max Cavalera: A Potência do Metal

Max Cavalera, conhecido por seu trabalho com Sepultura, Soulfly e Cavalera Conspiracy, é um guitarrista que frequentemente usa guitarras com apenas 4 cordas. Uma vez a primeira corda (mizinha) arrebentou, ele não ligou e continuou tocando. Depois, a segunda corda (Si) arrebentou também e por sugestão de um amigo, ele não trocou as cordas.

Eu não faço solos, sabe? Mais de dez anos atrás, quando essas cordas quebraram, um amigo meu disse: ‘Não substitua, você não usa elas de qualquer maneira. Você só vai gastar dinheiro à toa. Guarde o dinheiro e compre um pouco de cerveja.’ Eu fiquei tipo, ‘Ok, legal’, e nunca as coloquei de volta.

Max Cavalera em 2005

Com apenas 4 cordas, Max pôde enfatizar o ritmo e a percussão, permitindo a ele criar riffs poderosos e marcantes que definem suas bandas.

Keith Richards: O Mestre dos Riffs

Keith Richards, o lendário guitarrista dos Rolling Stones, é famoso por usar uma guitarra de 5 cordas afinada em sol aberto (open G). Keith removeu a sexta corda (mizona) e afinou as outras em G-D-G-B-D (sol, ré, sol, si, ré, do grave para o agudo).

Sua ideia era afinar como um banjo, mas essa afinação também é muito usada em músicos de blues, principalmente com slide. O resultado foi a nova abordagem que Richards teve ter com a guitarra. “Brown Sugar” e “Honk Tonky Women” foram algumas canções gravadas nessa afinação.

Ah, a guitarra de cinco cordas: são cinco cordas, três notas, duas mãos e um imbecil!

Keith RIchards

Jimmy Bower: O Peso do Sludge Metal

Jimmy Bower, conhecido por seu trabalho com bandas como Eyehategod e Down, utiliza frequentemente guitarras com menos cordas para criar um som denso e pesado, característico do sludge metal. Apesar disso, o motivo foi o feedback causado pelas duas primeiras cordas (mí e sí) quando tocado com muita distorção. Bower usar uma abordagem parecida com a do Max Cavalera: simplificar e ser criativos na elaboração dos riffs.

Seasick Steve: O Bluesman Moderno

Seasick Steve é um músico de blues contemporâneo que é conhecido por suas guitarras customizadas, muitas das quais têm apenas 3 ou 4 cordas. Ele usa instrumentos únicos, como a “Three-String Trance Wonder”, para criar um som autêntico e cheio de alma que remete ao blues tradicional, mas com uma pegada moderna.

Henri Cash: A Nova Geração do Rock

Henri Cash, guitarrista da banda Starcrawler, é um jovem talento que usa guitarras de 3 cordas para criar um som crú e energético. Segundo Cash, ele já fazia isso desde criança, já que seu pai costumava usar muita afinação aberta. Henri costuma afinar em G-D-G (sol aberto).

Estou basicamente fazendo uma coisa do Keith Richards sem as cordas superiores.

Henri Cash

Mark Sandman: O Som Distinto do Morphine

Mark Sandman, líder da banda Morphine, utilizava um baixo de 2 cordas e uma guitarra de 3 cordas para criar um som minimalista e hipnótico. Sua escolha de instrumentos menos convencionais ajudou a definir o som único da banda, que mescla rock, blues e jazz de maneira inovadora.

Outro fator interessante era que Mark costuma tocar usando um slide, criando boas bases de guitarras (ou baixo!). Costumava afinar em quintas e misturar cordas de guitarra e baixo na guitarra de 3 cordas.

Warren Ellis: A Inovação no Pós-Rock

Warren Ellis, membro das bandas Dirty Three e Nick Cave and the Bad Seeds, usa frequentemente uma guitarra elétrica tenor. Apesar da guitarra tenor vir por padrão com quatro cordas, Ellis entra na lista pelo uso criativo desse instrumento, inclusive criando uma variação desse instrumento com a Eastwood Guitars, a guitarra tenor barítona (!!).

Ellis é conhecido por sua abordagem experimental com a guitarra tenor, algo que desafia as convenções tradicionais da guitarra e cria paisagens sonoras únicas.

Menos é Mais

A diversidade de técnicas e estilos entre esses guitarristas mostra que a música não é limitada pelo número de cordas em um instrumento. Max Cavalera, Keith Richards, Jimmy Bower, Seasick Steve, Henri Cash, Mark Sandman e Warren Ellis demonstram que a criatividade e a inovação podem nascer de maneiras inesperadas. Suas escolhas de instrumentos não convencionais não só definem seus sons únicos, mas também inspiram outros músicos a explorar novas possibilidades na música.

Ao falar sobre esses músicos inovadores, fica claro que a verdadeira essência da música está na expressão e na criatividade, independentemente das ferramentas usadas. Seja no metal pesado, no blues, no rock ou em qualquer outro gênero, esses guitarristas provaram que menos pode ser mais quando se trata de cordas e de talento.