A História de Elvis Presley no Exército

Conheça a história de Elvis Presley no Exército. Saiba porque ele pausou sua carreira e serviu exército e como essa experiência impactou na vida do Rei do Rock.

Elvis Presley foi, e sempre será, um dos maiores ícones da música e da cultura pop do século XX. Com aquela voz potente, um estilo que quebrou barreiras e uma presença de palco que hipnotizava, ele conquistou milhões de fãs no mundo inteiro. Mas, em 1958, bem no auge da sua carreira, ele teve que dar uma pausa em tudo pra servir o Exército dos Estados Unidos. Aí a pergunta que não quer calar: por que um astro em ascensão abandonaria o brilho dos holofotes para se alistar? Bora desvendar os capítulos menos conhecidos desse período da vida de Elvis Presley no exército, desde o impacto pesado da perda da mãe, passando pelo uso e vício em anfetaminas, até o encontro com a sua futura esposa, Priscilla.

Por Que Elvis Deixou a Carreira Para Servir o Exército?

Elvis Presley cresceu num tempo de muita tensão entre os EUA e a União Soviética, a famosa Guerra Fria. Nesse cenário, o serviço militar era obrigatório pra homens entre 18 e 26 anos, e a qualquer momento eles podiam ser chamados pra defender o país.

Em 1956, o Elvis recebeu a notificação pra se apresentar ao Exército, mas conseguiu adiar por um ano. Isso graças àquela manobra do seu empresário, o Coronel Tom Parker. O Parker, que era um imigrante holandês sem cidadania americana, tava com medo de que uma guerra pudesse complicar a situação legal dele. Além disso, ele enxergava no alistamento do Elvis uma chance de bombar a popularidade do cantor e dar um “plus” na imagem de patriota dele.

Parker convenceu o Elvis a aceitar o chamado do Exército e a não tentar escapar, como muitos artistas faziam naquela época. Ele também montou uma estratégia de marketing pra manter o nome do Elvis em alta durante a ausência, lançando discos, filmes e um monte de produtos licenciados. O Coronel Parker acreditava que, quando Elvis voltasse do serviço militar, seria recebido como um herói nacional, e a carreira dele ia decolar ainda mais.

O Elvis, por sua vez, aceitou a decisão do seu empresário e se mostrou disposto a servir o Exército como qualquer outro cidadão. Ele até falou numa entrevista: “A primeira coisa que eu vou fazer quando chegar no Exército é cortar o cabelo. Eu não quero ser tratado de forma diferente dos outros rapazes. O Exército pode fazer o que quiser comigo”.

Elvis segurando uma placa do batalhão do exército
Soldado Elvis Aaron Presley

Em 24 de março de 1958, o Elvis se apresentou no quartel em Memphis, no Tennessee. A decisão de servir também foi uma resposta direta às críticas que ele vinha recebendo por ser considerado um ícone rebelde e uma “má influência” pra juventude. Entrar pras Forças Armadas era uma chance de quebrar essa imagem e mostrar um lado mais tradicional e patriótico do jovem astro.

Embora o alistamento de Elvis Presley tenha sido apresentado como um ato de cidadania e dever, essa decisão sugere que o lado estratégico e de marketing também teve um papel crucial. E foi assim que o Rei do Rock embarcou em uma jornada militar que não só o transformaria pessoalmente, mas também daria novos rumos à sua carreira de maneiras que ninguém podia imaginar. Uma história e tanto, né?

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O Impacto da Morte da Mãe

Elvis tinha uma ligação super forte e cheia de carinho com a mãe dele, a Gladys Presley. Ela era a única filha que tinha sobrevivido numa família de oito irmãos, e ainda tinha perdido o irmão gêmeo do Elvis, o Jesse Garon, logo no nascimento. Por isso, a Gladys se dedicou de corpo e alma a proteger e apoiar o único filho vivo dela.

Elvis e Gladys tinham um monte de apelidos carinhosos um para o outro e até se comunicavam numas “línguas” de criança, sabe? Eles também dormiam na mesma cama até a adolescência do Elvis, tudo por causa da pobreza em que viviam. Pra ele, a mãe era “a melhor garota do mundo” e “a razão da sua existência”. É de cortar o coração.

Elvis dando um beijo na bochecha de sua mãe Gladys
Elvis ficou devastado após o falecimento da mãe

A Fama, a Angústia e a Partida de Elvis

Quando o Elvis virou famoso, a Gladys não conseguiu se adaptar muito bem à nova realidade. Ela se sentia infeliz, isolada e vigiada. Pra piorar, sofria de ansiedade e depressão, e acabava usando remédios e álcool pra tentar aliviar a dor. O maior medo dela era perder o filho para as drogas, as mulheres ou a guerra.

Em 1958, o Elvis foi convocado para servir o Exército dos Estados Unidos na Alemanha. A Gladys ficou arrasada com a notícia e implorou pra ele não ir. Ela tinha pavor que algo ruim acontecesse com ele, como aconteceu com um primo que enlouqueceu na Guerra da Coreia. Mas o Elvis, sentindo que precisava cumprir o seu dever, partiu pra Europa.

O Adeus e as Consequências Inesperadas

Em agosto do mesmo ano, a saúde da Gladys piorou muito. Ela teve uma hepatite aguda, causada pelo consumo excessivo de álcool, e um ataque cardíaco. O Elvis conseguiu uma licença de emergência pra visitá-la e chegou a tempo de vê-la viva. Mas, infelizmente, ela faleceu no dia 14 de agosto de 1958, com apenas 46 anos de idade.

A perda da mãe marcou a vida de Elvis de um jeito profundo. Ele nunca mais foi o mesmo. Ficou mais sozinho, inseguro e passou a depender de medicamentos controlados. Ele também desenvolveu uma culpa imensa, acreditando que tinha sido responsável pela morte da mãe. Dizem que ele visitava o túmulo dela todos os dias e conversava com ela nos seus sonhos. Uma dor que o acompanhou pra sempre.

O Uso de Anfetaminas

Durante o tempo em que serviu o exército na Alemanha, Elvis teve seu primeiro contato com as anfetaminas. Essas substâncias estimulantes dão um pique de energia e deixam a pessoa super alerta por um tempo. No começo, elas foram receitadas pra ajudar o Elvis a aguentar o ritmo puxado do serviço militar. Mas, com o tempo, as anfetaminas viraram uma ferramenta que ele usava pra lidar com as exigências exaustivas da vida profissional. Foi o começo de um problema que o acompanharia por muito tempo.

O vício em anfetaminas teve impactos significativos na saúde física e mental de Elvis. A perda de peso drástica, insônia e mudanças comportamentais eram sinais visíveis do preço que ele pagava pelo uso constante dessas drogas.

Capa do livro Elvis Presley: Último trem para Memphis

Elvis Presley: Último trem para Memphis

A espiral descendente do vício em anfetaminas continuou mesmo após o término do serviço militar de Elvis. O abuso dessas substâncias, combinado com outros fatores de estresse em sua vida, levou a uma série de problemas de saúde e ao declínio gradual de sua saúde física e mental.

Infelizmente, o uso contínuo de anfetaminas cobrou um preço alto na saúde de Elvis Presley e, no fim, teve um papel na sua trágica morte em 1977. O vício, que começou como uma forma de lidar com a pressão do serviço militar, ficou ainda pior com a dor da perda da mãe dele.

O uso de anfetaminas se tornou uma parte triste e obscura na história de Elvis, mostrando o perigo de depender de substâncias pra enfrentar as dificuldades, tanto na vida pública quanto na privada. É um lembrete forte de como a pressão e a dor podem levar a caminhos perigosos.

Como Ele Conheceu Sua Futura Esposa Priscilla

O ano era 1959, e o Elvis estava lá, na Alemanha Ocidental, cumprindo o serviço militar dele em Friedberg. E foi numa festa na base militar que ele e a Priscilla se cruzaram. Ela era uma adolescente americana que morava lá por causa do padrasto, o Coronel Joseph Beaulieu, que tava em missão. E mesmo com uma diferença de idade considerável – o Elvis com 24 anos e a Priscilla com só 14 – a amizade deles pegou fogo e logo virou algo mais sério.

A Priscilla, uma menina que vivia a rotina de uma base militar, se sentiu super atraída pela personalidade envolvente do Elvis. Pra ela, era como entrar num mundo totalmente novo, que ia muito além dos muros da base. O relacionamento deles, que começou com uma admiração à distância, foi florescendo e ficando mais profundo com o passar dos anos. A Priscilla foi amadurecendo, e o Elvis, claro, continuava bombando na carreira.

Em 1962, a Priscilla fez as malas e foi morar com a família do Elvis lá em Graceland, a icônica mansão em Memphis, no Tennessee. O casal, que segurou a barra de manter o relacionamento discretinho por um bom tempo, finalmente formalizou tudo com o noivado em 1966. E o casamento? Aconteceu no ano seguinte, numa cerimônia bem íntima em Las Vegas. Uma história de amor que nasceu de um jeito inusitado, né?

Foto do casamento de Elvis e Priscilla
O casamento com a jovem Priscilla

Apesar do profundo amor que Elvis sentia por sua esposa, o casamento, entretanto, não resistiu ao peso das demandas da fama e das pressões inerentes à vida de Elvis. O casal se divorciou em 1973.

A Carreira Pós Serviço Militar nos Filmes

Ao retornar aos Estados Unidos após seu serviço militar, Elvis Presley embarcou em uma nova fase de sua carreira que, onde ele deu uma pausa dos palcos. A década de 1960 testemunhou o ícone do rock abraçar um outro público através do cinema.

Sua popularidade nos cinemas se refletiu nas bilheterias e na trilha sonora desses filmes, que muitas vezes apresentavam canções que se tornariam hits. No entanto, à medida que a década avançava, a qualidade dos roteiros e a recepção crítica começaram a declinar. Elvis estava preso em contratos que limitavam suas escolhas e exploravam seu apelo musical em detrimento a histórias mais sérias (e boas!).

Cena do filme Blue Hawaii onde Elvis está tocando ukulele para uma mulher
Cena do filme Blue Hawaii

Apesar das limitações, os filmes de Elvis pós-serviço militar continuaram a ser um fenômeno cultural, consolidando sua posição como um dos ícones mais reconhecíveis da época. Contudo, o desejo de Elvis por desafios artísticos mais significativos e a crescente insatisfação com os scripts superficiais o levaram a buscar novas direções em sua carreira.

O retorno triunfante aos palcos ao vivo, seu deu com o especial de televisão “Elvis Comeback Special” em 1968, que marcou um renascimento para o Rei do Rock. Mas esse é um assunto para um outro dia.

Capa do vinil Elvis 30 #1

Elvis 30 #1 Hits [Disco de Vinil]

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