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David Bowie: As Personas por Trás da Lenda
David Bowie, o camaleão do rock, deixou um enorme legado na música, mas um ponto interessante em sua história, são seus personagens icônicos.

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David Bowie, o nosso camaleão do rock, foi muito além das músicas. Ele virou um verdadeiro ícone cultural, imortal! A genialidade dele não ficava só nas canções, mas também naquela capacidade única de se reinventar o tempo todo, criando umas personas super intrigantes e cheias de camadas. Mas afinal, o que são essas personas e como elas ajudaram a construir a jornada artística do Bowie?
No mundão da música e das artes performáticas, uma persona não é só um alter ego ou um personagem inventado, não. É tipo uma manifestação super bem pensada da identidade artística de um artista. É como se fosse uma máscara que permite ao artista explorar umas facetas diferentes da sua criatividade, do seu jeito de se expressar e até da sua própria personalidade.
Para o David Bowie, as personas eram muito mais do que simples disfarces. Eram portais para outros mundos, personagens que moravam em uns espaços tão vastos quanto o universo criativo dele mesmo! E nesse papo, a gente vai conhecer essas personas, descobrindo como elas moldaram e, de quebra, redefiniram não só a música, mas a cultura pop como a gente conhece.
Ziggy Stardust
Em 1972, o Bowie lançou um álbum que ia mudar o panorama musical pra sempre: “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”. Nesse álbum que é tipo uma história contada em músicas, o Bowie virou o Ziggy Stardust. Pensa num alienígena andrógino, extravagante, que veio pra Terra pra ser o mensageiro do rock ‘n’ roll!
Com aquele cabelo vermelho fogo, umas roupas que pareciam de outro planeta e uma maquiagem que era um escândalo, Ziggy era a própria essência do glam rock. Ele não era só um personagem, sabe? Era a encarnação daquela energia rebelde e da sexualidade fluida que tava no ar naquela época. Ziggy Stardust não foi só uma criação do Bowie; ele virou uma lenda, um ícone que desafiou o que era “certo” ou “errado” de gênero e abriu um caminho enorme pra uma nova era de expressão artística e liberdade. Demais!
Aladdin Sane
Depois do sucesso estrondoso do Ziggy Stardust, o Bowie mergulhou ainda mais fundo no mundo do rock e do glam com sua persona Aladdin Sane. Lançado em 1973, o álbum “Aladdin Sane” apresentou uma versão do Bowie ainda mais frenética e “quebrada”.
A persona do Aladdin Sane era tipo uma continuação direta do Ziggy Stardust, mas com uma intensidade renovada e uma pegada mais afiada, sabe? Com aquela maquiagem de raio icônica que ia da testa até as bochechas, e uma mistura de androginia com uma energia pulsante, Aladdin Sane personificava a loucura e a turbulência da sua época. Essa persona capturava bem a ansiedade e a dissonância cultural da era pós-hippie e pré-punk, refletindo todas as tensões sociais e políticas que fervilhavam debaixo da superfície da sociedade. Uma imagem que marcava mesmo!
Halloween Jack
Apresentado no álbum “Diamond Dogs” de 1974, Halloween Jack é uma das personas mais diferentes e visualmente cativantes do Bowie. Nesse álbum, o Bowie criou uma visão meio apocalíptica de uma Nova York pós-fim-do-mundo, onde Halloween Jack é retratado como um líder rebelde e carismático das ruas.
Com aquela jaqueta de couro vermelha e o cabelo despenteado, Jack personificava a energia crua e a rebeldia do punk que tava começando a aparecer na época. Ele era um símbolo de resistência contra o autoritarismo e a opressão, tipo uma voz que destoava no meio de tanto caos e decadência urbana. Halloween Jack não só representou uma fase específica na evolução do Bowie como artista, mas também capturou o espírito de uma era turbulenta e cheia de transformações.
The Thin White Duke
Em um contraste total com a extravagância de Ziggy Stardust, o Bowie se reinventou mais uma vez em 1976, virando o elegante e misterioso Thin White Duke. Inspirado pelo expressionismo alemão e por um período mais sombrio da sua própria vida, essa persona irradiava uma aura de frieza e distanciamento.
Com uma aparência impecável, uns trajes super elegantes e uma atitude meio aristocrática, o Thin White Duke representava uma ruptura radical com as personas anteriores do Bowie. Ele era enigmático, sedutor e, muitas vezes, até meio perturbador. Essa persona não só refletia uma mudança na música do Bowie, que tava mergulhando em territórios mais sombrios e experimentais, mas também uma transformação na sua própria vida pessoal e na sua mentalidade artística. Que reviravolta!
Major Tom
Mesmo que não seja tecnicamente uma persona única, Major Tom é um personagem que aparece várias vezes na obra do Bowie e merece ser falado. Apresentado pela primeira vez na canção “Space Oddity” de 1969, Major Tom é um astronauta que enfrenta desafios existenciais e uns perrengues cósmicos em suas viagens pelo espaço. Ele personifica a exploração humana, a solidão do espaço sideral e a busca por algo maior, transcendente.
O Bowie ressuscitou esse personagem em várias ocasiões ao longo da sua carreira, com referências em álbuns como “Ashes to Ashes” e “Hallo Spaceboy”. Major Tom não é só um personagem inventado; ele é um símbolo da busca humana por significado e conexão em um universo vasto e misterioso. Profundo, né?
O Profeta Cego
O personagem do “profeta cego” nas músicas “Blackstar” e “Lazarus”, do álbum “Blackstar”, representa uma das expressões mais enigmáticas da carreira do David Bowie.
Essas músicas, junto com os visuais e vídeos que vieram com elas, criam um retrato fascinante e cheio de camadas desse personagem do “profeta cego”. Ele se destaca como uma figura central no álbum “Blackstar”, que explora temas como mortalidade, transcendência e renascimento. A ambiguidade em torno do personagem permite um monte de interpretações, e a presença dele permeia todo o álbum, adicionando uma sensação de mistério e profundidade à obra do Bowie.
E o que é mais forte: o contexto do álbum, lançado apenas dois dias antes da morte do Bowie em 2016, adiciona uma camada extra de mistério ao personagem do “profeta cego”. Muitos fãs e críticos viram as músicas e o álbum como uma despedida final desse ícone do rock, tornando o personagem ainda mais tocante e impactante.