Por que os Ramones Acabaram?

Uma das maiores bandas da história, os Ramones foram os pioneiros do Punk e ajudaram a definir o movimento. Mas a banda acabou nos anos 90, já em declínio. Conheça os motivos do porquê os Ramones acabaram.

Nos anais da história musical, poucas bandas conseguiram capturar a essência do punk rock com a mesma intensidade e autenticidade dos Ramones. Durante mais de duas décadas, Joey, Johnny, Dee Dee e Tommy – e seus sucessores posteriores – estabeleceram um legado inegável que influenciou gerações de músicos e moldou o panorama do rock’n’roll. Contudo, como todas as grandes histórias, os Ramones acabaram, deixando os fãs e admiradores perplexos diante da separação daquela que foi considerada a “banda mais influente da história do rock”.

Neste artigo, mergulhamos nas razões que culminaram no término dessa banda lendária, explorando os desafios internos e externos que contribuíram para o fim dos Ramones.

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Ramones e o Cenário Punk nos Anos 80

Formados em Forest Hills, Queens, em 1974, Joey, Dee Dee e Johnny Ramone surgiram na cena musical com uma energia crua e uma abordagem direta que se tornou a espinha dorsal do punk rock. Contudo, os anos 80 foram marcados por uma mudança cultural que influenciou profundamente o movimento punk. Enquanto a década anterior testemunhou o surgimento e a consolidação do punk rock como uma cultura faça você mesmo (DIY) e rebelde, os anos 80 viram esse movimento se ramificar e se adaptar a novos desafios e tendências. Para os Ramones, que ajudaram a formar o punk rock nos anos 70, essa década trouxe tanto oportunidades quanto desafios.

Inicialmente, a energia crua e o estilo DIY (Do It Yourself) que caracterizavam o punk rock dos Ramones pareciam se alinhar perfeitamente com o espírito da década de 80. No entanto, conforme a década avançava, o cenário musical mudava rapidamente, com a ascensão de subgêneros como o hardcore punk e o pós-punk, cada um trazendo novas sensibilidades e abordagens musicais.

Imagem ilustrativa do vibrador mini bullet

Hey Ho Let´s Go – A História dos Ramones

Os Ramones, embora mantivessem sua integridade e dedicação ao som que os tornou lendários, encontraram-se navegando em águas turbulentas. Enquanto continuavam a lançar álbuns e fazer turnês incansáveis, a paisagem musical estava em constante mutação, e as expectativas do público e da indústria estavam evoluindo. Essa pressão para se manter relevante e inovador, ao mesmo tempo em que se mantinha fiel às suas raízes, eventualmente começou a cobrar seu preço da banda.

Mudanças na Formação

Durante os anos 80, os Ramones passaram por uma série de mudanças na formação que, embora não incomuns para muitas bandas, afetaram significativamente sua dinâmica. O primeiro grande impacto veio em 1978, quando o baterista original Tommy Ramone deixou a banda, sendo substituído por Marky Ramone. Essa mudança marcou o início de uma era de flutuação de membros, que se tornaria uma característica marcante dos Ramones nos anos seguintes.

Ao longo dos anos 80, tanto o baixista Dee Dee Ramone quanto o guitarrista Johnny Ramone expressaram desejo de deixar a banda em diferentes momentos. Dee Dee, em particular, enfrentou batalhas pessoais com drogas e álcool, o que o levou a sair e voltar várias vezes. Em 1989, ele deixou a banda de forma definitiva, sendo substituído por CJ Ramone.

Os Anos 90: O Declínio e o Fim dos Ramones

Nos anos 90, os Ramones lutaram para manter sua relevância em um cenário musical que estava mudando rapidamente. Enquanto bandas grunge e alternativas surgiam como as grandes novidades, os Ramones, apesar de sua longa história e legado, encontravam-se cada vez mais relegados ao status de uma relíquia do passado.

Um dos aspectos mais notórios e dolorosos do declínio dos Ramones foi o crescente conflito entre Joey e Johnny Ramone, os membros fundadores e pilares da banda. O relacionamento tenso entre os dois, que remonta aos primeiros dias dos Ramones, foi exacerbado ao longo dos anos por uma série de diferenças pessoais e criativas.

Em muitos aspectos, Joey e Johnny eram opostos. Enquanto Joey era conhecido por sua personalidade gentil e sensível, Johnny era notoriamente mais rígido e autoritário. Essas diferenças de temperamento e visão muitas vezes resultavam em brigas e desentendimentos, criando um clima tenso dentro da banda.

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Um dos principais pontos de discórdia entre Joey e Johnny era a direção musical dos Ramones. Enquanto Joey defendia uma abordagem mais melódica e experimental, Johnny era um defensor ferrenho do som original e cru que caracterizava os primeiros álbuns da banda. Essa divisão criativa levou a tensões constantes durante as sessões de gravação e as turnês, minando ainda mais a coesão da banda.

Além das diferenças musicais, questões pessoais também contribuíram para o distanciamento entre Joey e Johnny. Rumores de disputas por créditos autorais e questões financeiras apenas aumentaram as tensões entre os dois membros fundadores. Essa falta de comunicação e respeito mútuo eventualmente se tornou insustentável, criando um abismo irreparável que permeou os últimos anos dos Ramones.

Para muitos observadores e fãs, o fim dos Ramones em 1996 não foi uma surpresa completa, mas sim o inevitável desfecho de uma saga tumultuada e desafiadora. Apesar dos esforços para manter a banda viva e relevante, os desafios acumulados ao longo dos anos provaram ser insuperáveis. O último álbum de estúdio da banda, “¡Adios Amigos!”, lançado em 1995, foi uma despedida melancólica para uma das bandas mais influentes da história do rock.

Em 1994, Joey revelou aos outros membros que estava lutando contra o câncer, e a partir de 1995, ficou claro que era questão de tempo para o fim da banda. O último show dos Ramones foi realizado em 1996, marcando o fim de uma era para os fãs e para a música mundial.

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